segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vamos conhecer as escolas públicas?

O título é um convite, caro leitor. Aí no seu bairro, nos arredores do seu trabalho certamente há uma escola pública. Não importa que seja mantida pelas verbas do município, do estado ou do governo federal. Vá lá e peça para conhecer. Um passaporte? Mantenha a distinção e a cordialidade com o responsável pela portaria e a pessoa que autorize a sua entrada. É preciso conhecer melhor a escola pública por dentro e por fora. É uma necessidade. Conhecer algo exige aprofundamento e não apenas atentar às exterioridades. Uma  boa escola é feita de materiais, um projeto pedagógico, gente bem formada e que recebe remuneração digna, tem garantida a segurança de todos, além de ser alvo da participação entusiasmada de toda a comunidade.

Reunir informações - Seus filhos, irmãos, netos, primos, amigos e vizinhos estudam em escola pública? Puxe conversa com eles; assunte sobre as condições da biblioteca, o espaço de convivência no recreio, a oferta e o cardápio da merenda escolar, a cantina, a situação dos sanitários, a manutenção do jardim, a entrega dos livros didáticos, o atendimento na secretaria, o modo como agem os professores em sala de aula e fora dela, assim como sobre a atuação da direção, a segurança de todos, a vizinhança, a logística do transporte urbano nos arredores, entre outros temas que traçam um perfil da situação escolar bem contextualizada.

Fachada do majestoso Colégio Paes de Carvalho; uma contribuição do meu irmão, o Onizes Araújo - Belém, Pará




Realidade diferente - Eu sou do tempo da boa escola pública; saí do ensino básico com prontidão ao trio leitura+escrita+domínio das operações matemáticas.  Atualmente nossas crianças e jovens não têm a mesma autonomia. Tenho a prova concretíssima, porque recebo estudantes no meu curso de redação às vésperas do vestibular;  a maioria deles não costuma trazer bons resultados. É preciso imersão na leitura e treino sistemático na escrita para observar melhores resultados.

SOS - Já pedi, mas as colaborações foram poucas. Tenho certeza de que você poderia fazer uma foto  de uma escola pública com a câmera do seu celular, aí do seu bairro ou proximidade do trabalho. Indique o nome e a localização, além de uma pequena descrição das suas impressões sobre o edifício escolar. Encaminhe esses informes ao meu endereço eletrônico. Prometo não omitir a fonte dessas informações tão necessárias. Faríamos, com a sua ajuda, um mapeamento sobre as escolas públicas, tanto das bem conservadas ou daquelas que parecem merecer a máxima atenção, mas ficam negligenciadas pelas autoridades públicas.

Solicitei e fui prontamente atendida: a EE Vilhena Alves foi fotografada pelo ilustrador Sérgio Bastos- Belém, Pará



Andorinha ...- Sozinha não conseguirei registrar um grande número de escolas, mas com a sua colaboração um mapeamento poderá alertar ao pessoal responsável. Pense nas famílias que matriculam as suas crianças e jovens nessas escolas precárias em todos os sentidos. Você acha que elas atinam à necessidade de radiografar os problemas para exigir soluções cabíveis via internet? Elas estão preocupadas com a sobrevivência, o dinheiro para comer, pagar as contas e depositam no ensino público as poucas esperanças que ainda têm. Nós podemos fazer um pouco mais pelos que estão presos aos limites sociais, quase insuperáveis.

Eu tenho algumas fotos que mostram escolas públicas,  quase todas já publicadas aqui anteriormente, mas com a sua ajuda o acervo do Na Mira poderá aumentar. Posso contar com você? Comece com a câmera do celular. O panorama externo do edifício escolar é apenas uma representação, mas reúne importância fundamental no orgulho discente; a representação interna, infelizmente, quando chega ao grande público já fez as vítimas, concorda comigo?

Até a próxima!

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